Nilson José dos Santos fala sobre o seu trabalho como sineiro. O som das badaladas invade as ruas e imprime uma aura mágica à cidade de São João Del Rey (MG).
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Política territorial e capacidade administrativa
A gestora Miriam Belchior fala sobre o quanto a capacidade administrativa pode tolher as possibilidades de uma política territorial. “É fundamental considerar o pano de fundo em que esse debate se insere, que é a crise do Estado, e que estabelece limites e oportunidades para a discussão e para o aumento da capacidade administrativa. É na década de 1980 que se começa a questionar o tamanho do Estado de bem estar social. E começa a aparecer o jargão de Estado mínimo. Tudo é o mercado. Do lado do mercado está o bem. Do lado do Estado está o mal. Felizmente essa dicotomia acaba na década de 1990, quando a discussão passa a ser sobre o novo papel do Estado. Nesse contexto, falar de crise administrativa é falar sobre o limite que o Estado coloca sobre as iniciativas para o seu fortalecimento. Na medida em que se nega o espaço legítimo, qualquer iniciativa de fortalecê-lo é vista como desnecessária. Ou seja, ele momento de crise do Estado coloca um limite pra quem quer aumentar a capacidade do Estado funcionar melhor. Então qualquer contratação no âmbito do Estado é vista como empreguismo, mesmo em áreas que não tem nenhum aparelhamento, como a área ambiental, que é muito recente. Mas falar sobre capacidade também é falar sobre oportunidade. Afinal, se está em crise, é preciso melhorar seu funcionamento. Promover o enfrentamento das três dimensões da crise: a econômica (incapacidade para o financiamento), administrativa (burocratizada, centralizada, ineficiente) e política (distanciada dos cidadãos)”. Também com Eduardo Marques.
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Direito à comunicação 2
O episódio 12 do programa Direitos de Resposta continua investigando o direito à comunicação. Participam Gustavo Gindre (jornalista, mestre em Comunicação e Cultura, fundador do Instituto de Estudos e Projetos em Educação e Cultura e membro do Intervozes) e Sergio Gomes, da OBORÉ Projetos Especiais em Comunicação e Artes. Conta Gindre: “Eu participei de uma experiência numa rádio comunitária do Rio de Janeiro feita num hospital psiquiátrico. E envolvia a comunidade do entorno. E eu lembro que tinha um programa de rádio que era pra dona de casa. E era um grupo de senhoras que se reunia lá, que resolveu fazer. E a primeira vez que uma senhora foi falar ela falou que não tinha o que dizer. ‘Minha vida não tem nada de importante, porque tradicionalmente a gente acostumou a ver a TV e o rádio ser reservado pras pessoas ditas especiais, celebridades, gente com vidas monumentais. De repente ela achava que ela não tinha nada pra dizer. Só que ela descobriu que ela tinha um monte de coisas a dizer. Que a vida dela, a vida da comunidade dela, estava repleta de fatos, de coisas boas e ruins que ela sabia, que a história dela sabia, que a cultura dela sabia, e que ela podia dizer. E isso mudou a vida dela. E muda a vida de muita gente. Quando as pessoas passam a perceber que o importante não é só Brasília, não é só aquilo que passa na tela da televisão. O noticiário é estruturado assim: se morrem 200 indianos, 400 pessoas no Iraque, não tem muita importância. Agora se morrem dois americanos numa geada na Flórida, aí – geada, na Flórida? – aí todo mundo vai noticiar e vai ter importância. E de repente a gente passa a dar valor diferente à vida humana, dependendo do tipo de destaque que a imprensa dá”.
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4. Reflexões Contemporâneas | Já ouviu falar em capacitismo – leg EN
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