plano diretor

O lugar dos pobres na cidade – modelos de provisão habitacional e política urbana

Fala Laura Bueno, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas: “É necessário uma definição de qual é o espaço que as pessoas pobres, mais pobres, vão ter na cidade, para que elas tenham acesso à cidade. Não o espaço segregado, de má qualidade. Porque a maior parte da nossa população, e ainda mais se vemos em escala brasileira e latino-americana, não tem rendimentos próprios, não gera renda suficiente para adquirir a maior parte dos bens no mercado, especialmente a moradia. Porque a moradia é uma mercadoria especial. Ela é uma mercadoria que requer muitos recursos financeiros para a sua produção, tanto que o próprio empresário precisa de financiamento para construir a moradia, e requer também financiamento ou muita poupança para o seu consumo, para comprar uma casa. Todos nós sabemos que a moradia é o bem mais caro. Você consegue comprar um carro, uma televisão, todos os eletrodomésticos, com facilidades de financiamento, inclusive muito maiores, do que uma casa.”

Direito à moradia

O programa a seguir, do qual participam Nabil Bonduki (arquiteto e urbanista, coordenou o Programa de Habitação de Interesse Social da Prefeitura, foi o relator do Plano Diretor Estratégico na Câmara Municipal) e Maria das Graças de Jesus Xavier Vieira (de família humilde, veio do Espírito Santo para São Paulo em busca de trabalho e nos anos 1980, como metalúrgica, entrou para o Movimento de Moradia. Se formou em Direito e hoje faz parte da Coordenação da União dos Movimentos de Moradia da Central de Movimentos Populares), é uma produção independente exibida em cumprimento a acordo judicial celebrado entre a Rede TV!, o Ministério Público Federal e seis organizações da sociedade civil que moveram ação civil coletiva contra a violação de direitos humanos ocorrida no programa Tarde Quente.

Scroll to top