Com Maria Lina Boff. A palestra propõe uma reflexão sobre o fenômeno humano do sagrado e do religioso de forma inclusiva, sem exorcizar ninguém. A compreensão do sagrado na vida dos povos é tão antiga quanto a própria humanidade. Hoje irrompe com tanta exuberância, e até mesmo com tanta sedução, não só nos lugares considerados sagrados, mas também aqueles que superam a esfera do sagrado e entram na esfera do profano.
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Liberdade religiosa
O programa, com Pai Francelino de Shapanan e Teresinha Bernardo (cientista social, atuando principalmente nos temas do racismo, candomblé, memória, relações de gênero e cultura afro-brasileira) integra a série Direitos de Resposta. Saiba mais sobre a iniciativa.
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Pobreza e desigualdade
Este programa da série Direitos de Resposta trata da pobreza e desigualdade. Com a participação de Lena Lavinas, doutora em Economia pela Universidade de Paris, e Ariovaldo Ramos, presidente da organização não-governamental Visão Mundial, que desenvolve programas e projetos com o objetivo de erradicar a pobreza e promover a justiça.
Saiba mais sobre o programa Direitos de Resposta.
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O excesso e o ideal de equilíbrio
“Édipo é o homem que faz a conexão entre o conhecimento e a ação. Nesse sentido ele quer saber tudo. Ele pode ir ao mais fundo que seja. E ele quer saber para agir. O saber dele é a condição de agir. À medida que ele faz esse inquérito, ele talvez descubra o que aconteceu, ele se tornará capaz de resolver o problema. Ele é um homem que resolve, portanto. E ele se recusa diante disso. E ele reage inclusive dizendo “vocês acham que eu sou filho de um pastor”? Ele não percebe o que está acontecendo. Ele diz “você e a minha mulher tem vergonha da minha origem, acha que está se rebaixando ao estar com o filho de um humilde pastor?”. Não entende nada . É espantoso como esse homem que acreditava saber o que era o homem, e que dessa maneira derrotou a Esfinge, de repente não percebe a tempestade que se avoluma sobre a face dele. Então ele afirma isso e continua tentando saber mais para agir mais, sem perceber que ele está chegando a um ponto em que o saber se torna a causa da inação. O saber vai se tornar justamente o que pesa tanto, que ele não poderá agir, apenas se auto-destruir. Então, de certa forma, Édipo é uma tragédia que pode ser resumida numa palavra grega que se aplica a todo o mundo trágico. Essa palavra é hybris. Ela pode ser traduzida como excesso, mas excesso como aquilo que foge à medida que é a que deve funcionar entre os humanos, ou mais até entre o mundo que estamos, no cosmo. Para que o cosmo funcione, há que cumprir uma medida. Quem vai além disso, quem é demasiado altivo, demasiado ambicioso, quem almeja mais do que está facultado ao humano comete este excesso, que é a hybris”. Com o professor Renato Janine Ribeiro, doutor e professor titular na USP. Dentre suas obras destaca-se Sociedade contra o social – o alto custo da vida pública no Brasil, prêmio Jabuti em 2001.
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