Com Tai Castilho, terapeuta, fundadora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo. “O tema que eu vou desenvolver é complexo, e não vamos esgotá-lo hoje, porque envolve a cultura, as relações sociais, mitos, o casal, a família, a criança e o adolescente. A gente sabe que numa relação de casal são duas pessoas que se encontram e se escolhem para viver um processo de união que, na verdade, é um processo que se dá pela vida toda, porque a gente está sempre se casando e sempre se separando da nossa origem, das nossas famílias de origem. E quando duas pessoas se encontram, elas se encontram em duas culturas diferentes. Cada família é uma cultura diferente da outra. Essas culturas vem carregadas de mitos – o mito da família feliz, o mito do casal feliz, inabalável, perpetuado pelos filhos, do casal que não se separa, que não briga, dos homens fortes, mulheres frágeis, e das mulheres fortes, homens frágeis. Muitas vezes a gente escolhe alguém pra sair de algum lugar, algum lugar que foi fundante da gente na família. A gente não tem esses pensamentos? Na minha família vai ser tudo diferente. No meu casal vai ser tudo diferente, nunca mais quero viver o que eu vivi na minha casa de origem. Não é assim que a gente pensa? E de repente a gente está repetindo alguma coisa. Como é forte a origem. E a gente nem imaginava. Como é que a gente repetiu tanto? Então esse tema estou colocando nesta moldura justamente pra trazer pra vocês a complexidade e o grande número de situações que a gente vive quando pensa em filho fora do casamento. Por exemplo, a gente pode ver muitos casais casados, com aquela aparência do casal casado, com o filho ali, e aquele filho não está naquele casamento, porque aquele filho foi pensado por um só, não foi pensado pelos dois. Quantas situações vocês conhecem de casais que se unem e depois pensam num filho, mas o filho não é deles, é de outro casamento, do casamento dos pais. Quantos filhos os filhos têm que são dados de presente aos avós? Pra cuidar dos avós? Então também não estão naquele casamento. Então a gente precisa pensar em quem são os filhos do casamento e que casamento é esse.”
Autor: Vídeo Livre
-
O problema: Maquiavel
Vamos ver como a gente enfrenta os problemas tradicionais que ocorrem aos seres humanos nestes últimos séculos nesses novos tempos, onde a velocidade e os conceitos de tempo e de espaço mudaram. O desemprego, por exemplo: como enfrentávamos? O que mudou? O que orienta então a nossa ação? Com Renato Janine Ribeiro, professor titular de ética e filosofia política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
-
Agir contra o destino – a tragédia grega e o combate contra a destruição anunciada
Com Antonio Medina Rodrigues, professor de Língua e Literatura Grega na USP. Conferencista da Casa do Saber, Medina é, também, tradutor, poeta e ensaísta. “A primeira coisa que assusta ou deixa perplexo alguém hoje é saber que o mundo tão culto como o mundo grego acreditasse em fatalidade: aquilo que tem que ser, será. Em geral esta ideia está em todos os folclores do mundo inteiro, esta superstição em relação a um futuro, e este futuro é desastroso. Mas que os gregos, que viveram a Era das Luzes no século V, acreditassem nesta relação fatal que a vida tem com os deuses. Esta parece ser a razão da fatalidade: o ser humano sabe que alguma coisa vai lhe acontecer.”
-
A perda da amizade
Olgária Matos aborda, a partir dos gregos, como os laços afetivos são construídos e quais as consequências da sua ruptura, onde a ideia de amizade estava associada diretamente ao espaço público e regia as relações entre os iguais, os cidadãos da pólis. A essa visão política da amizade, os renascentistas acrescentam a ideia do divino. Para eles, a amizade é uma experiência sacra e pela amizade o homem se diviniza. Olgária Matos fala também sobre a perda da amizade no mundo contemporâneo e as consequências desse processo.
-
O meu mundo caiu: a traição amorosa
Vamos discutir a ação neste mundo em que a liberdade tem por preço a insegurança. Nossa vida custa caro às vezes. Vamos trocar ideias sobre nossas experiências. Com Tai Castilho, terapeuta, fundadora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo.
-
Agir contra as adversidades: o imprevisto
“Eu quero fazer uma reflexão que leve a uma proposta de solução para uma sociedade que está tão aflita quanto a seus filhos, ao trabalho, ao amor. Por quanto tempo vão durar cada uma dessas relações? Que tipo de garantias eu posso ter de segurança, estabilidade?”. Com Jorge Forbes, psicanalista e médico psiquiatra, Doutor em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo – USP – Faculdade de Medicina. Mestre em Psicanálise pela Universidade Paris VIII.
-
Policarpo Quaresma e a questão da língua brasileira
Ricardo Lísias estreou com Cobertor de Estrelas (Rio de Janeiro: Rocco, 1999), que será publicado na Espanha, em galego e depois em castelhano, ainda em 2005. Publicou, ainda, as novelas Capuz (são paulo: hedra, 2001) e dos nervos (São Paulo: Hedra, 2004). Escreveu textos críticos esparsos, algumas resenhas para jornais e trabalhos de literatura infantil. Traduziu, dentre outros, Oliver Twist, de Charles Dickens, e Flor do Deserto, de Waris Dirie. Graduado em Letras pela Unicamp, é mestre em Teoria Literária pela mesma universidade e doutor em Literatura Brasileira pela USP.
-
Como o novo fica velho?
Integrando o módulo “A ação, o medo, a incerteza e a dor”. Com o economista Claudio de Moura Castro. “O novo que ficou velho, o velho que ficou novo. Quero tomar um conjunto de temas onde há mudança. Temas que caíram do cavalo e temas que tinham caído do cavalo e agora voltaram. Arquitetura moderna, por exemplo, que envelheceu. Artesanato. Computador. TVs educativas. A universidade. O movimento hippie. Tatuagem e piercing.”
-
A separação dos amantes
Poucos temas despertaram tanto o interesse dos artistas e do público quanto a paixão amorosa. Clássicos da literatura e do teatro, como Romeu e Julieta, comovem as pessoas há séculos ao apresentarem o drama do casal de apaixonados. Flávio Gikovate fala sobre o amor, a diferença entre amor e sexo e sobre os impedimentos internos e externos que separam os casais. Para ele o que leva à separação dos amantes é algo que está dentro de nós e está relacionado a nossas primeiras experiências afetivas.
Flávio Gikovate: médico, formado pela Universidade de São Paulo. Desde 1967 trabalha como psicoterapeuta. Em 1970, foi assistente clínico no Institute of Psychiatry da Universidade de Londres.
-
A morte da pessoa querida
“A morte é a prova maior da falência de tudo o que a gente se propõe na vida, inclusive do nosso amor. A morte é onde as coisas terminam. E, em função disso, durante todo o processo de organização cultural da nossa sociedade, a morte foi sendo colocada às vezes como algo escondido. Por mais que se fale dela, a morte não é lógica, não é ética, e é uma cena estética”. Com Ivan Capelatto, psicoterapeuta de crianças, adolescentes e famílias; mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Campinas.
-
A competição na empresa
O sujeito que age, que enfrenta as dificuldades e muda o seu mundo é foco deste módulo. Partindo de conceitos da psicanálise, Paulo Gaudêncio explica como é possível viver a competição na empresa de modo saudável.
Paulo Gaudêncio: médico psiquiatra formado pela Universidade de São Paulo e especialista em psiquiatria pela Associação Médica Brasileira. Há mais de quarenta anos dedica-se à psicoterapia de grupo e é consultor de empresas nas áreas de administração participativa, sinergia organizacional e flexibilização de papéis. Foi professor do curso de pós-graduação em Medicina Esportiva da Faculdade de Educação Física da USP e atualmente, é consultor de empresas na PG – psicologia de grupo – nas áreas de administração participativa, sinergia organizacional e flexibilização de papéis a nível gerencial.
-
Um mundo sem utopias
Com Jurandir Freire Costa, psiquiatra e psicanalista do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro. Professor titular do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, e pesquisador do Programa de Estudo e Pesquisa sobre Ação e Sujeito (Pepas), no Instituto de Medicina Social da UERJ.