O objetivo desse trabalho é analisar o conjunto do Japão e dos países do leste asiático desde meados dos anos 1980 até o período pós-crise de 1997. A palestra integra o módulo Economia Internacional: Geopolítica, Hegemonia e Império, coordenado por Luiz Gonzaga Beluzzo. Ana Claudia Além é doutora em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e gerente de comércio exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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O filho fora do casamento
Com Tai Castilho, terapeuta, fundadora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo. “O tema que eu vou desenvolver é complexo, e não vamos esgotá-lo hoje, porque envolve a cultura, as relações sociais, mitos, o casal, a família, a criança e o adolescente. A gente sabe que numa relação de casal são duas pessoas que se encontram e se escolhem para viver um processo de união que, na verdade, é um processo que se dá pela vida toda, porque a gente está sempre se casando e sempre se separando da nossa origem, das nossas famílias de origem. E quando duas pessoas se encontram, elas se encontram em duas culturas diferentes. Cada família é uma cultura diferente da outra. Essas culturas vem carregadas de mitos – o mito da família feliz, o mito do casal feliz, inabalável, perpetuado pelos filhos, do casal que não se separa, que não briga, dos homens fortes, mulheres frágeis, e das mulheres fortes, homens frágeis. Muitas vezes a gente escolhe alguém pra sair de algum lugar, algum lugar que foi fundante da gente na família. A gente não tem esses pensamentos? Na minha família vai ser tudo diferente. No meu casal vai ser tudo diferente, nunca mais quero viver o que eu vivi na minha casa de origem. Não é assim que a gente pensa? E de repente a gente está repetindo alguma coisa. Como é forte a origem. E a gente nem imaginava. Como é que a gente repetiu tanto? Então esse tema estou colocando nesta moldura justamente pra trazer pra vocês a complexidade e o grande número de situações que a gente vive quando pensa em filho fora do casamento. Por exemplo, a gente pode ver muitos casais casados, com aquela aparência do casal casado, com o filho ali, e aquele filho não está naquele casamento, porque aquele filho foi pensado por um só, não foi pensado pelos dois. Quantas situações vocês conhecem de casais que se unem e depois pensam num filho, mas o filho não é deles, é de outro casamento, do casamento dos pais. Quantos filhos os filhos têm que são dados de presente aos avós? Pra cuidar dos avós? Então também não estão naquele casamento. Então a gente precisa pensar em quem são os filhos do casamento e que casamento é esse.”
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A perda da amizade
Olgária Matos aborda, a partir dos gregos, como os laços afetivos são construídos e quais as consequências da sua ruptura, onde a ideia de amizade estava associada diretamente ao espaço público e regia as relações entre os iguais, os cidadãos da pólis. A essa visão política da amizade, os renascentistas acrescentam a ideia do divino. Para eles, a amizade é uma experiência sacra e pela amizade o homem se diviniza. Olgária Matos fala também sobre a perda da amizade no mundo contemporâneo e as consequências desse processo.
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As poucas opções disponíveis para a produção de energia nos próximos 50 anos
Com o físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite. Esta é a primeira palestra do módulo “Riscos Sistêmicos – aquecimento global, mudanças”. Serão analisadas as perspectivas para os próximos anos, as contingências inevitáveis, tais como a dependência em relação aos combustíveis fósseis, os custos de substituições por combustíveis renováveis, necessidades e limites da tecnologia nuclear, a ilusória economia do hidrogênio, os limites da biomassa em escala universal e as promessas das tecnologias de sequestro de carbono. Frente ao esgotamento iminente do petróleo e ao aquecimento global, a humanidade terá que escolher entre duas opções igualmente penosas: usar como substituta do petróleo outros combustíveis fósseis ou, alternativamente, recorrer a recursos com custos reduzidos, como a biomassa, mas de extensão limitada?
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O casamento como fato afetivo
O casamento é uma das instituições humanas mais difíceis de definir. Ao longo da história, ele serviu nas suas origens como uma maneira de preservar a tribo, passou por uma fase em que servia para preservar o patrimônio de grupos e só muito recentemente na história da humanidade é visto como um fato afetivo.
Para falar desses vários, ângulos do casamento fato social, jurídico, afetivo, cultural, neste primeiro programa do módulo “o casamento como formação da identidade” o psicanalista Ivan Capelato investiga as relações entre o casamento e o nosso psiquismo. e apresenta uma abordagem incomoda e ousada.
Para capelato, a base afetiva do casamento não é o amor, mas sim a angústia. angústia que, segundo Freud e Lacan, nos move sempre na busca impossível para preencher um vazio existencial. E que acaba nos trazendo a aliança com o outro.
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Ser companheiro em tempos de crise
Paulo Gaudêncio fala da importância de encontrarmos o equilíbrio no relacionamento amoroso, uma vez que todo ser humano entra em crise o que ele coloca como saudável. Para ele, o que causa o desamor é a falta de diálogo e o segredo é aprender a ouvir o que o outro diz como depoimento, não como acusação. Fala do conceito de simbiose para explicar que as escolhas afetivas são complementares, que o outro representa uma parte de mim que está reprimida, e aborda a terapia de casal, focal e breve, explicando o seu método de trabalho.
Paulo Gaudêncio: psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina da USP. É docente do MBA da Media Marketing School e do Programa Avançado de Desenvolvimento de Executivos da Unisinos-RS. Dedica-se à psicoterapia de grupo há 40 anos.