O programa a seguir, do qual participam Daniel Mundukuru (da etnia Mundukuru, é escritor, graduado em Filosofia, História e Psicologia e tem mestrado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo) e Lúcia Helena Rangel (doutora em Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP), é uma produção independente exibida em cumprimento a acordo judicial celebrado entre a Rede TV!, o Ministério Público Federal e seis organizações da sociedade civil que moveram ação civil coletiva contra a violação de direitos humanos ocorrida no programa Tarde Quente.
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Identidade latino-americana
Com Fábio Magalhães, museólogo. Esta palestra integra o módulo “Identidades da arte hoje” do Café Filosófico, sob a curadoria de Jorge Coli, professor de história da arte na Unicamp. A pintura como campo de experimentação, ou campo de batalha, como dizia Lavapiés, de novos signos, e a preocupação em criar um novo vocabulário plástico. A análise se centra em torno dos casos de Miró e de Tapiés. Ambos, ao interpretar textos poéticos, mergulham livremente no fluxo que os textos propiciam. O texto deixa de ser, assim, um campo de amarras e de limitações. Ao contrário, torna-se elemento provocador para criação de poéticas visuais. A obra, portanto, não se apresenta como simples ilustração.
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Tristeza
Este Café Filosófico, da série Balanço do Século XX – Paradigmas do Século XXI, tem como tema a tristeza, sob coordenação da filósofa Márcia Tiburi . Márcia Tiburi é professora do programa de pós-graduação em Filosofia e apresentadora do programa A bela e a Fera da TV Unisinos – Futura. A tristeza enquanto afeto tem uma história e Márcia Tiburi toca no núcleo atemporal desta questão. Estamos sempre submetidos ao presente e à impossibilidade de retornar a este presente. Não tocamos nem no passado, nem no futuro e ao mesmo tempo não podemos tocar nem mesmo no próprio presente. Sempre submetidos à sensação de finitude, a experiência da dor aparece como caráter efêmero e passageiro da existência. Ficar triste neste contexto é justamente se deparar com a dor de morrer e de morrer a conta-gotas, a cada momento, a cada instante. Esse sentimento está sempre acompanhado do luto e da melancolia e, no momento da nossa época, com a depressão. É necessário aprender para tornar a tristeza algo mais suportável, mas isso depende de uma compreensão histórica e cultural. É o que ela faz ao percorrer este sentimento, iluminando grandes filósofos e pensadores da história e provocando uma profunda reflexão quando diz que estamos vivendo o tempo de agora, uma verdade e uma beleza deste instante.
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Política territorial e capacidade administrativa
A gestora Miriam Belchior fala sobre o quanto a capacidade administrativa pode tolher as possibilidades de uma política territorial. “É fundamental considerar o pano de fundo em que esse debate se insere, que é a crise do Estado, e que estabelece limites e oportunidades para a discussão e para o aumento da capacidade administrativa. É na década de 1980 que se começa a questionar o tamanho do Estado de bem estar social. E começa a aparecer o jargão de Estado mínimo. Tudo é o mercado. Do lado do mercado está o bem. Do lado do Estado está o mal. Felizmente essa dicotomia acaba na década de 1990, quando a discussão passa a ser sobre o novo papel do Estado. Nesse contexto, falar de crise administrativa é falar sobre o limite que o Estado coloca sobre as iniciativas para o seu fortalecimento. Na medida em que se nega o espaço legítimo, qualquer iniciativa de fortalecê-lo é vista como desnecessária. Ou seja, ele momento de crise do Estado coloca um limite pra quem quer aumentar a capacidade do Estado funcionar melhor. Então qualquer contratação no âmbito do Estado é vista como empreguismo, mesmo em áreas que não tem nenhum aparelhamento, como a área ambiental, que é muito recente. Mas falar sobre capacidade também é falar sobre oportunidade. Afinal, se está em crise, é preciso melhorar seu funcionamento. Promover o enfrentamento das três dimensões da crise: a econômica (incapacidade para o financiamento), administrativa (burocratizada, centralizada, ineficiente) e política (distanciada dos cidadãos)”. Também com Eduardo Marques.
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