Com Gilles Lipovetsky, filósofo francês, professor de filosofia da Universidade de Grenoble, teórico da hipermodernidade, autor dos livros A era do vazio, O luxo eterno, O império do efêmero, entre outros.
Blog
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Ouvindo um mundo diferente
A música eletrônica é uma revelação na forma de composição e escuta. É uma música que toca o corpo, além da palavra, e capta um gozo desbussolado. Não é questão de gostar ou não, mas de entender sua importância e funcionamento. Com o músico Lipe Forbes e o jornalista Guilherme Werneck.
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À sombra de um delírio verde
Na região Sul do Mato Grosso do Sul, fronteira com Paraguai, o povo indígena com a maior população no Brasil trava, quase silenciosamente, uma luta desigual pela reconquista de seu território.
Expulsos pelo contínuo processo de colonização, mais de 40 mil Guarani Kaiowá vivem hoje em menos de 1% de seu território original. Sobre suas terras encontram-se milhares de hectares de cana-de-açúcar plantados por multinacionais que, juntamente com governantes, apresentam o etanol para o mundo como o combustível “limpo” e ecologicamente correto.
Sem terra e sem floresta, os Guarani Kaiowá convivem há anos com uma epidemia de desnutrição que atinge suas crianças. Sem alternativas de subsistência, adultos e adolescentes são explorados nos canaviais em exaustivas jornadas de trabalho. Na linha de produção do combustível limpo são constantes as autuações feitas pelo Ministério Público do Trabalho que encontram nas usinas trabalho infantil e trabalho escravo.
Em meio ao delírio da febre do ouro verde (como é chamada a cana-de-açúcar), as lideranças indígenas que enfrentam o poder que se impõe muitas vezes encontram como destino a morte encomendada por fazendeiros.
À Sombra de um Delírio Verde
Tempo: 29 min
Países: Argentina, Bélgica e Brasil
Narração: Fabiana Cozza
Direção: An Baccaert, Cristiano Navarro, Nicola Mu
thedarksideofgreen-themovie.com -
Sarah de Roure e questões do feminismo
Sarah de Roure é historiadora, trabalhou na Sempreviva Organização Feminista (SOF) e é militante da Marcha Mundial das Mulheres. Nesta conversa com estudantes de Jornalismo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) em São Paulo, ela propõe uma reflexão sobre o que é a violência contra a mulher e como funciona isso, do ponto de vista das políticas públicas.
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Manifestações Literárias
Uma releitura das obras Madame Bovary (Gustave Flaubert), Macunaíma (Mario de Andrade), Hamlet (William Shakespeare) e A Legião Estrangeira (Clarice Lispector) em convergência com os tempos atuais, com as ruas e seus habitantes, seus movimentos e manifestações de diversidade. A literatura clássica, revista por pensadores contemporâneos e confrontada com a cultura atual. Com a historiadora Margareth Rago, José Miguel Wisnik, Leandro Karnal, Noemi Jaffe, entre outros.
Produzido em 2016 por Liquid Media Laab e Shot Filmes.
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Entre Rios
O documentário conta a história da cidade de São Paulo sob a perspectiva de seus rios e córregos. Até o final do século XIX esses cursos d’água foram as grandes fontes da cidade. Hoje, escondidos pelas canalizações, passam despercebidos pela maioria dos paulistanos. Mas, na época de chuvas, a cidade pára quando as enchentes mostram a face soterrada da natureza local.
Entre Rios fala sobre o processo de transformação sofrido pelos cursos d’água paulistanos e as motivações sociais, políticas e econômicas que orientaram a cidade a se moldar como se eles não existissem. A boa notícia é que a cidade, assim como os rios, está em constante transformação e pode tomar novos rumos dependendo dos valores e anseios de sua sociedade.
O video foi realizado em 2009 como trabalho de conclusão de Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini no curso em Bacharelado em Audiovisual no SENAC-SP, mas contou com a colaboração de várias pessoas que temos muito a agradecer.
Direção:
Caio Silva FerrazProdução:
Joana ScarpeliniEdição:
Luana de AbreuAnimações:
Lucas Barreto
Peter Pires Kogl
Heitor Missias
Luis Augusto Corrêa
Gabriel Manussakis
Heloísa Kato
Luana AbreuCamera:
Paulo Plá
Robert Nakabayashi
Tomas Viana
Gabriel Correia
Danilo Mantovani
Marcos BruvicTrilha Sonora:
Aécio de Souza
Mauricio de Oliveira
Luiz Romero LacerdaLocução:
Caio Silva FerrazEdição de Som:
Aécio de SouzaOrientadores:
Nanci Barbosa
Flavio BritoOrientador de Pesquisa:
Helena WerneckEntrevistados:
Alexandre Delijaicov
Antônio Cláudio Moreira Lima e Moreira
Nestor Goulart Reis Filho
Odette Seabra
Marco Antonio Sávio
Mario Thadeu Leme de Barros
José Soares da Silva -
Diversidade sexual 3
Este programa da série Direitos de Resposta retoma o debate acerca da diversidade sexual. Com a participação de Maitê Schnneider (atriz, poetisa, presidente da União Brasileira de Transexuais) e Cláudia Wonder (escritora, performer e atriz, coordena o Grupo de Estudos e Discussão de Masculinas, Efeminados, Transexuais, Transgêneros e Travestis Flor do Asfalto).
Saiba mais sobre o programa Direitos de Resposta.
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O filho fora do casamento
Com Tai Castilho, terapeuta, fundadora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo. “O tema que eu vou desenvolver é complexo, e não vamos esgotá-lo hoje, porque envolve a cultura, as relações sociais, mitos, o casal, a família, a criança e o adolescente. A gente sabe que numa relação de casal são duas pessoas que se encontram e se escolhem para viver um processo de união que, na verdade, é um processo que se dá pela vida toda, porque a gente está sempre se casando e sempre se separando da nossa origem, das nossas famílias de origem. E quando duas pessoas se encontram, elas se encontram em duas culturas diferentes. Cada família é uma cultura diferente da outra. Essas culturas vem carregadas de mitos – o mito da família feliz, o mito do casal feliz, inabalável, perpetuado pelos filhos, do casal que não se separa, que não briga, dos homens fortes, mulheres frágeis, e das mulheres fortes, homens frágeis. Muitas vezes a gente escolhe alguém pra sair de algum lugar, algum lugar que foi fundante da gente na família. A gente não tem esses pensamentos? Na minha família vai ser tudo diferente. No meu casal vai ser tudo diferente, nunca mais quero viver o que eu vivi na minha casa de origem. Não é assim que a gente pensa? E de repente a gente está repetindo alguma coisa. Como é forte a origem. E a gente nem imaginava. Como é que a gente repetiu tanto? Então esse tema estou colocando nesta moldura justamente pra trazer pra vocês a complexidade e o grande número de situações que a gente vive quando pensa em filho fora do casamento. Por exemplo, a gente pode ver muitos casais casados, com aquela aparência do casal casado, com o filho ali, e aquele filho não está naquele casamento, porque aquele filho foi pensado por um só, não foi pensado pelos dois. Quantas situações vocês conhecem de casais que se unem e depois pensam num filho, mas o filho não é deles, é de outro casamento, do casamento dos pais. Quantos filhos os filhos têm que são dados de presente aos avós? Pra cuidar dos avós? Então também não estão naquele casamento. Então a gente precisa pensar em quem são os filhos do casamento e que casamento é esse.”
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O problema: Maquiavel
Vamos ver como a gente enfrenta os problemas tradicionais que ocorrem aos seres humanos nestes últimos séculos nesses novos tempos, onde a velocidade e os conceitos de tempo e de espaço mudaram. O desemprego, por exemplo: como enfrentávamos? O que mudou? O que orienta então a nossa ação? Com Renato Janine Ribeiro, professor titular de ética e filosofia política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
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Agir contra o destino – a tragédia grega e o combate contra a destruição anunciada
Com Antonio Medina Rodrigues, professor de Língua e Literatura Grega na USP. Conferencista da Casa do Saber, Medina é, também, tradutor, poeta e ensaísta. “A primeira coisa que assusta ou deixa perplexo alguém hoje é saber que o mundo tão culto como o mundo grego acreditasse em fatalidade: aquilo que tem que ser, será. Em geral esta ideia está em todos os folclores do mundo inteiro, esta superstição em relação a um futuro, e este futuro é desastroso. Mas que os gregos, que viveram a Era das Luzes no século V, acreditassem nesta relação fatal que a vida tem com os deuses. Esta parece ser a razão da fatalidade: o ser humano sabe que alguma coisa vai lhe acontecer.”