O arquiteto e designer Ron Pompei discute a globalização e a nova humanidade emergente. Deixaríamos de ser apenas analíticos e mecânicos (herança da era industrial) para tornarmo-nos criativos e empáticos? As últimas revelações da ciência indicam que há uma inteligência subjacente na matéria e nas estruturas mínimas da vida. Somos seres destinados à criação e à transformação. Ron Pompei é diretor de criação e co-fundador da firma de serviços criativos Pompei a.d. Sua formação multidisciplinar como artista, escultor e arquiteto nutre a firma para uma atuação integrada em design, combinando muitas formas de expressão.
Tag: 2004
-
Desaprendendo na escola
Primeiro havia o saber consagrado. Em seguida aprender a se interrelacionar, aprender conforme o interesse do aluno. Hoje a questão é desaprender as estruturas que mascaram o real criativo. Com o professor Renato Janine Ribeiro, doutor e professor titular na USP. Dentre suas obras destaca-se Sociedade contra o social – o alto custo da vida pública no Brasil, prêmio Jabuti em 2001.
-
O encontro com o outro
Joel Rufino dos Santos aborda o conceito de democracia racial e de cultura universal. Diz que na vida, todo tempo, estão nascendo processos culturais autônomos, com relação ao mercado e ao Estado, que em um determinado momento são apropriados por eles. Esses processos culturais produzem seus intelectuais que inventam, criam, educam. Rufino coloca que a democracia, os direitos humanos e a cultura não são universais. Joel Rufino dos Santos é doutor em comunicação e cultura pela UFRJ, onde leciona Literatura. Historiador, romancista e membro do Comitê Científico Internacional do Programa Rota do Escravo – UNESCO. Publicou “A história política do futebol brasileiro”; “Crônicas de indomáveis delírios” e “Quando eu voltei, tive uma surpresa”, premiado com o troféu Orígenes Lessa, na categoria Melhor para o Jovem, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, em 2000.
-
Sexo sem casamento
O médico psiquiatra Paulo Gaudêncio reflete sobre o sexo sem casamento. Gaudêncio é formado pela Faculdade de Medicina da USP. Lecionou nos cursos de graduação e pós-graduação da PUC-SP e PUC-Sorocaba; na Faculdade de Filosofia Sedes Sapientia e no curso de pós-graduação em Medicina Esportiva da Faculdade de Educação Física da USP. É docente do MBA da Media Marketing School e do Programa Avançado de Desenvolvimento de Executivos da Unisinos-RS. Dedica-se à psicoterapia de grupo há 40 anos.
-
O sexo como mito
A partir da análise do conto “Notas Antropofágicas e cartas de um sedutor”, de Hilda Hilst, Eliane Robert Moraes comenta que a capacidade da fantasia erótica invade outros espaços, de preferência aqueles que são um oposto da atividade erótica, como é o caso da religião. Para ela, a fantasia sexual é dominante, imperialista, colonialista, e coloniza tudo o que está em sua volta. Avança sobre áreas não sexuais, erotizando-as. Outros autores citados por Eliane são Sthendal e Marquês de Sade. Para stendhal, o amor é um prazer da imaginação, e para Sade, toda felicidade do homem está na imaginação. Na concepção de Eliane, a máxima do erotismo ocidental é: amo, logo penso ou, amo, logo escrevo. Eliane Robert Moraes é professora de Literatura na PUC-SP, crítica literária e autora dos livros “Sade: a felicidade libertina e o corpo possível”.
-
O envelhecimento
A expectativa de vida triplicou nos últimos tempos. Dependendo da classe social e do país, a longevidade já alcança os 90 anos, podendo passar a 120 dentro de pouco tempo. Para Gaudêncio, a única forma de não desenvolver um envelhecimento patológico é saber lidar com as mudanças. Manter-se jovem implica ter coragem de abandonar os caminhos pré-estabelecidos das relações emocionais e racionais para construir novos rumos. Paulo Gaudêncio é psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina da USP. Lecionou nos cursos de graduação e pós-graduação da PUC-SP e PUC-Sorocaba; na Faculdade de Filosofia Sedes Sapientia e no curso de pós-graduação em Medicina Esportiva da Faculdade de Educação Física da USP. É docente do MBA da Media Marketing School e do Programa Avançado de Desenvolvimento de Executivos da Unisinos-RS. Dedica-se à psicoterapia de grupo há 40 anos.
-
A crise dos gêneros
Segundo Ivan Capelatto, a crise do gênero não é uma crise solitária. Não é uma questão de ser homem ou ser mulher. O que está em crise é o processo básico de identificação, a formação de um eu, a formação de um ego, a formação de uma crítica pessoal que permite que, no auge da angústia, alguns de nós possam fazer uma poesia, pintar um quadro, se apaixonar. A sociedade contemporânea desistiu de oferecer padrões de identidade psíquica, só oferece padrões de identidade social e é deles que nós começamos a viver, de símbolos. O símbolo da roupa, o símbolo do sexo, etc. Ivan Capelatto é psicólogo clínico e psicoterapeuta de crianças, adolescentes e famílias. Fundador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Autismo e outras Psicoses Infantis (GEDAPI), e supervisor do Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicopatologias da Família na Infância e Adolescência (Geic) de Cuiabá e Londrina. Professor convidado do The Milton H. Erickson Foundation Inc. (Phoenix, Arizona, Estados Unidos da América) e professor do curso de pós-graduação da Faculdade de Medicina da PUC/PR. Autor da obra “Diálogos sobre a afetividade – o nosso lugar de cuidar”.
-
Casamento sem sexo
O casamento, como mostra o teatro, a literatura, o cinema, desde sempre, uma fonte inesgotável de atritos, afirma o psicanalista Renato Mezan, professor da PUC-SP e coordenador da revista de psicanálise Percurso. Nesta palestra ele convida para uma reflexão sobre casamento sem sexo.
-
O enfrentamento das desigualdades sócio-territoriais e a necessidade de valores éticos
O objetivo do debate é discutir as referências teóricas para o enfrentamento dos processos de segregação e exclusão socio-espaciais que estruturam as cidades desiguais nas cidades pobres. Aldaiza Sposati, professora da PUC-SP, doutora em Serviço Social, é pesquisadora das desigualdades sociais urbanas. Márcio Pochamnn, do Instituto de Economia da Unicamp, é secretário municipal do desenvolvimento, trabalho e solidariedade de São Paulo.
-
O mundo-fronteira
Paulo Eduardo Arantes é doutor em Filosofia pela Universidade Paris 10. Ele nos leva a uma reflexão sobre o mundo-fronteira. É verdade que o mundo já não é mais o mesmo desde 11 de setembro. Não é fácil, porém, dizer o que mudou. Entre tantas interpretações, gostaria de comentar uma particularmente abrangente segundo a qual a era do espaço teria chegado a seu termo, deixando claro que a Terra havia se tornado uma terra de fronteira global. Analisar a crise exige da Filosofia tanto voltar-se criticamente sobre si mesma, como lançar-se contra seus limites para mergulhar em vários aspectos da nossa experiência atual. A prática, a concepção de guerra, a articulação entre Teologia e Política, as diferentes faces da nossa modernidade e suas vertentes éticas e estéticas.
-
A aurora do século XXI: onde estamos?
Bento Prado Júnior é professor titular da Universidade Federal de São Carlos e professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Ele propõe uma reflexão sobre como as mudanças e as reviravoltas na História impuseram fatos que nos obrigam a pensar no lugar da Filosofia no mundo e seu futuro imediato. “Quando eu me propus ao tema, eu tinha em mente um dos paradoxos da nossa contemporaneidade, o que há de fortemente regressivo nos processos desencadeados pelas novas tecnologias e pela nova economia, que nos conduziram a um renascimento do espírito bélico e a uma espécie de guerra planetária.”