Café Filosófico

Identidade latino-americana

Com Fábio Magalhães, museólogo. Esta palestra integra o módulo “Identidades da arte hoje” do Café Filosófico, sob a curadoria de Jorge Coli, professor de história da arte na Unicamp. A pintura como campo de experimentação, ou campo de batalha, como dizia Lavapiés, de novos signos, e a preocupação em criar um novo vocabulário plástico. A análise se centra em torno dos casos de Miró e de Tapiés. Ambos, ao interpretar textos poéticos, mergulham livremente no fluxo que os textos propiciam. O texto deixa de ser, assim, um campo de amarras e de limitações. Ao contrário, torna-se elemento provocador para criação de poéticas visuais. A obra, portanto, não se apresenta como simples ilustração.

A experiência do corpo

De que formas o tempo foi representado em diversas obras a partir do século 18. Ressaltando as diferenças entre as artes do chamado antigo regime e do Iluminismo, Coli mostra como elas refletem o tempo e o tipo de movimentação que as pessoas tinham em cada um desses momentos.

Jorge Coli possui formação em História do Cinema na Universidade de Provença (Aix-Marseille i, França), livre-docência e titulação em História da Arte e da Cultura pela Unicamp. É escritor e professor titular em História da Arte e da Cultura na Unicamp.

O sagrado na construção da sociedade, uma perspectiva feminina

Com Maria Lina Boff. A palestra propõe uma reflexão sobre o fenômeno humano do sagrado e do religioso de forma inclusiva, sem exorcizar ninguém. A compreensão do sagrado na vida dos povos é tão antiga quanto a própria humanidade. Hoje irrompe com tanta exuberância, e até mesmo com tanta sedução, não só nos lugares considerados sagrados, mas também aqueles que superam a esfera do sagrado e entram na esfera do profano.

Consequências ambientais do aquecimento global

O pesquisador Carlos Nobre apresenta uma breve descrição das atuais condições climáticas e as transformações que elas vêm apresentando. De forma concisa e objetiva, ele mostra como o efeito estufa se transformou numa grande ameaça ao planeta pela sua participação decisiva no aumento do aquecimento global.

Carlos Nobre: engenheiro eletrônico pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), doutor em Meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) nos EUA e atualmente preside o Programa Mundial de Pesquisas Climáticas e o Programa Internacional Biosfera-Geosfera – IBGP.

Imprensa, mercado e projeto democrático: a independência editorial ainda é possível?

Com Eugênio Bucci  e Sidney Basile.
A presente edição integra o módulo “Jornalismo Sitiado – como a imprensa perde o seu espaço na função de mediar o debate público na democracia”. Nele serão tratados questões como pode (1) haver independência editorial, se a empresa jornalística já não é uma empresa autônoma, mas um setor no interior de um conglomerado? (2) A cargo de quem está a mediação do debate público nas democracias contemporâneas, tanto em sua dimensão nacional, como em sua dimensão transnacional, na escala de uma sociedade civil globalizada?

O diálogo inter-religioso como esperança para o século

Com Faustino Teixeira, cientista da religião.
Vive-se hoje um tempo obscuro e difícil, marcado pela globalização excludente e pelo desgaste da compaixão. As religiões têm uma tarefa essencial na oxigenação de sentido e na afirmação da dignidade da criação.

Por que a política nos incomoda tanto?

Com Marco Aurélio Nogueira, livre-docente em Ciência Política.
O século XXI anuncia-se estruturado sobre contextos complexos e turbulentos. Tudo pressiona a política a se converter em algo mais frio, mais distante dos cidadãos comuns. O horror à política expressa não apenas a dificuldade de adaptação a um quadro de crise de mudança acelerada, mas sobretudo de governá-lo e superá-lo. Por que a política nos incomoda tanto?.

O papel das políticas de valorização do trabalho no Brasil

Com Márcio Pochmann.
O trabalho não constitui uma categoria independente, por isso analisa-se o quanto o Brasil está avançado – ou atrasado – na adoção de políticas públicas favoráveis às melhores oportunidades de valorização do trabalho. O contraste com políticas adotadas internacionalmente oferece uma dimensão das decisões individuais a respeito do ingresso e das condições necessárias para o sucesso ocupacional.

A ignorância do “outro”. Afinal, o inferno é o outro?

O convidado desta edição do Café Filosófico é o curador do módulo “As novas ignorâncias provocadas pela globalização”, o jornalista Jorge da Cunha Lima, que propõe uma reflexão a respeito de nossa relação com o outro.

As poucas opções disponíveis para a produção de energia nos próximos 50 anos

Com  o físico Rogério Cézar de Cerqueira Leite. Esta é a primeira palestra do módulo “Riscos Sistêmicos – aquecimento global, mudanças”. Serão analisadas as perspectivas para os próximos anos, as contingências inevitáveis, tais como a dependência em relação aos combustíveis fósseis, os custos de substituições por combustíveis renováveis, necessidades e limites da tecnologia nuclear, a ilusória economia do hidrogênio, os limites da biomassa em escala universal e as promessas das tecnologias de sequestro de carbono. Frente ao esgotamento iminente do petróleo e ao aquecimento global, a humanidade terá que escolher entre duas opções igualmente penosas: usar como substituta do petróleo outros combustíveis fósseis ou, alternativamente, recorrer a recursos com custos reduzidos, como a biomassa, mas de extensão limitada?

Orkut no espaço cíbrido – uma perspectiva política

Integrando o módulo “Cultura do excesso – sobrecarga e alternativas de vida”, este encontro é com Arthur Matuck.
No Orkut, as pessoas dão nome, fotografia, biografia. Encontram-se e sobretudo reencontram-se amigos perdidos. Por que o Brasil é o maior cliente dessa nova rede? O que o Orkut traz de novo?

O sujeito cerebral: identidade, neurociências e cultura contemporânea

O encontro é com o filósofo e professor Francisco Ortega.
A ideia de que o ser humano é essencialmente constituído pelo cérebro ultrapassou as fronteiras do conhecimento científico e alcançou uma grande difusão junto ao público leigo. Esperamos discutir o alcance dessa divulgação tanto para a formação das identidades pessoais quanto para o ethos sócio-político.

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